PRINCÍPIO

Ora bem, como estreia absoluta em matérias de espelho diário nético alcunhado de Blog, convenho apresentar o propósito da criação do mesmo que não somente a oratória para um público invisível mas que saiba que é omnipresente.
A vida não está fácil e não o está aqui em Portugal.
Apraz mascarar-se esse estado pela comparação com situações piores como por exemplo países de terceiro mundo em que fome, miséria doença e mortalidade infantil são constantes do dia-a-dia; convém mascarar-se pelas coisas grandes que chamam à vista, como que anichados nos braços dum gigante protector megalómano diria mesmo megalítico; convém mascarar-se pela isenção de culpas; convém mascarar-se numa pedagogia barroca que à moda de creche manobra como se duma dança submissa se tratasse pela injecção da educação do que é ditado; e muitas mais como as cunhas, como pisar os outros, falar sobrepondo mais alto, dizer mal em tipo de marketing-estratégico-profissional-laboral, et caetras.... ausência de auto-análise muito mau civismo e chapa zero do que vem estragado lá de fora vai-não-vai desemboca numa filosofia apaziguadora de estado de vida: o Então novo-estado do país transforma-se e fica assim como que numa espécie de hipnose ou bebedeira ou alucinação de cordão umbilical com a TV (moda de George Orwell, 1984), com o futebol e com todas as coisas que em género de goma com corantes nos aliviam do peso da realidade, do sacrifício inglória, do destino Fado tétrico sem esperança, do peso da culpa e da maldição das estafetas familiares banhadas de Jesuitismos cruzes e martírio.
Muito sacrifício em prol duma minoria que goza com todos esses fiozinhos quais fios de marioneta que manobram o marretas do Zé-povinho, parvo que engole essas sentenças que não se aplicam ao carrasco. Curiosamente o acto de fingir do sentenciador ou carrasco acaba por se tornar numa mistura perigosa de crença, fingimento e digo mais PSICOSE.
Mas sobram ainda muitos, muito engaço (o mosto que sobra do vinho donde se cria o bagaço), ainda resiste pela teimosia da criação do desenvolvimento e duma rede, esta virtual nética como portal, duma rede social que torna este mundo uma coisa menos egoísta, mais confortante nos desesperos existenciais onde nos sentimos como Sísifo (que errante transportava a sua pedra-bola para o cimo da montanha para que esta voltasse a cair).
Pescadinha de rabo na boca, pois símbolo encontrado já em artefactos arqueológicos, tão típico do fado fatídico e desgraçado penitente.
Que se saiba que teoria e prática são dois que se interpolam, mui cá em Portugal, bloqueados por não se sabe o quê (talvez um espectro maligno que ronda com várias caras de mau agoiro, histórico político ou metafórico ou até mesmo psicossomático de tempo de vida alimentado artificialmente), são dois bichos que se pegam um com o outro e se esgatanham, são dois pólos com condutividade interrompida.
Pretendo aqui expor pontos de vista, contrariar a inércia da pedra que rola colina acima colina abaixo conduzida, dar oportunidade a notícias estimulantes que não as sádico-masoquistas ultra egoístas, cultivar-me cultivando trocando conhecimentos vários, estimulando iniciativas democráticas, contrariar a abestalhada manipulável ignorância materializando alguma informação pertinente e tentar compreender e defender os Direitos Universais do Homem que até a altura é o único que consegue dar a volta ao cruel seu irmão gémeo si mesmo.
Vou fazer os possíveis por extravasar uma espécie de linha intrínseca de meu pensamento como a tal teoria de ser um diário narrativo, fundido assim com um leitor omnipresente cibernauta.
Até.

Comentários

  1. A TACTEAR - EM METAMORFOSE um simples gesto ou a mudança que se quer ou pode ser?

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  2. Vai falando, por muitos que não o sabem fazer. Alguém há de ouvir!!!

    Abraço fraterno

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