O Homem Verde (Green Man)

Homem Verde (Green Man)

Comentários

  1. Olá!
    Tens aqui uma boa pintura. Bem expressiva. Livre do compromisso com a verosimilhança objectável exterior, mas claramente com uma forte subjectividade interior que "objectivamente" se faz exterior.
    Julgo ter sido realizada em suporte de papel que lhe dá uma agradável expressão pela textura interessante que tem.
    Não sabendo o formato (dimensões) que tem, mas, mesmo assim, penso que resultaria bastante bem em formato grande, pensado até como quadro/pintura de dimensões maior para espaço interior.
    Atrevo a sugeriu, se achares bem, a pensar na forte acentuação da intensidade das cores, que provavelmente provém da digitalização da imagem, e que no original esta impressão pode ser diferente.
    Prefiro esta proposta como sugestão para formato maior do que uma outra que tens no Facebook.
    Também passei pelo teu espaço no Flickr e gostei, está bastante bem.

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  2. Ora vivas amigo, este desenho pertence ao conjunto dos últimos antes de ter parado. Tem 10 anos e fou posto num canto como todas as pinturas esboço que também são parte desse conjunto. Foi após os ter feito que desisti de voltar a desenhar e ficaram conotados como "malditos", portanto acertaste na subjectividade interior. Também gostei mais do formato maior, porque para quem o (será espectador que se diz, leitor ou visualizador? - fiquei baralhado) veja de fora torna-se mais propício a entrar no onírico (lembrei-me do video da expo das placas oculadas)

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  3. Pois assim me parece, que neste caso, o formato maior consente ao próprio quadro transbordar e transferir a sua dimensão interior para o espaço onde surge, no sentido de poder cativar, mesmo que subjectivamente, o fruidor num determinado modo de sentir, incitando-o a um estado de espírito. Contudo pode não ser, obrigatoriamente, o mesmo espírito que estive nos meandros da realização do quadro, e na origem da partilha com o autor.

    A proposta actual assim parece sugerir, e de certa maneira igualmente reclama, isso mesmo, uma vivência mais ampla, uma envolvência recíproca, por isso a questão da dimensão e relação com o espaço vivencial.
    De certa maneira é como o quadro fosse um espelho que reflecte uma interioridade do fruidor, e vice-versa o quadro também reflecte-se no fruidor, de modo que o espaço fica preenchido por estes cruzamentos de reflexos mútuos que emana na presença do fruidor e o quadro. Se não existe o quadro nada de diferente aconteceria, o mesmo se sucedia sem a presença do fruidor.

    Mas, na origem, para tudo isto acontecer está a necessidade e a vontade de um sujeito realizar um objecto que proporcionam estas experiências, que podem ser vistas como oníricas, como referes, como de um sonho construído realmente fosse, mas não sendo feito pelo sonho, e por ser real, certamente será da dimensão estética.

    Julgo que quando te referes à exposição placas oculadas será possivelmente a exposição das placas de xistos, pois de facto lá havia um vídeo extraordinário com esta experiência onírica/estética com uma particular e forte componente de experiência subjectiva, de uma profundidade de sentir muito delicada e densa, surpreendentemente emigrava este sentir e religava-se com o espírito do tema da exposição. Lembro-me que o som, também denso e delicado, dissipava-se esvoaçando no espaço da exposição de forma muito peculiar misturando-se com a luz muito ténue e suavizante dando às reproduções fotográficas das placas de xistos uma muito especial experiência enriquecedora única, naquele espaço também único. Foi pena o museu não ter optado também por esta vertente, ficou por uma exposição de cacos importantes e fotografias de um fotógrafo de quem nada perceberam nem quiseram. Pois a exposição estava extraordinariamente bem realizada, transmitia com particular relevo o espírito do culto em volta das placas de xistos.

    Questionas se será espectador, leitor ou visualizador? Aqui tomei, por vezes o termo de fruidor. Não será só uma destas, assim isoladamente, será todas elas e algo mais, como definir? Mais que espectador, pois será sempre também autor pelo menos do seu sentir (a não ser que tenha uma aversão à estética); mais que leitor, pois também é interprete (pela menos da sua intuição, a não ser que nada disto lhe interesse); não será só visualizador, pois lá vai acrescentando mais alguma coisa ao que vê, pois se assim não fosse seria um objecto que nada mais diria do que ser um objecto sem qualquer sentido ou relação; somente fruidor também não será, pois não só de fruição se trata.

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  4. é um gosto ler-te e relembrar-me desses momentos. Tenho vindo cadencialmente a pegar em suportes maiores, coisa que antes me afligia. Já sei, vou chamar-lhes em resumo sinapses pessoa. Concordo contigo sobre a exposição e pergunto-te quando vens cá ver as obras concluídas. Abraço

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