Balão de oxigénio criativo rebentou

Uma questão que me veio à cabeça: termos gerais e económicos, da capacidade dalguém aceder de ter poder de compra, informativo e distribuído, para quem está projectada a cultura? Continuo pensando que nem o Estado fomenta a cultura, nem a cultura quer chegar a todos. Daí, penso, o fenómeno La Feria ter sido um sucesso por ter criado uma ponte entre a revista a peça e o poder de compra ou a sensação do cliente, aluno, espectador ter feito boa aposta porque conhece já o produto.

Falo das diferenças entre cultura produzida, cultura adquirida e cultura requisitada por critério referindo-me às questões anteriores sobre a produzida. A exposição da Natureza Morta (gratuita) na Gulbenkian, caso de cultura requisitada, provou que as pessoas estão sedentes de cultura ou ansiosas por acesso, o mesmo com as do Museu Berardo e com todas as que têm aberto as portas ao público e sido divulgadas. Agora, quanto ao futuro da cultura em si produzida, essa que tem de chegar a todos economicamente e empaticamente se por inevitabilidade ora de má gestão, de má distribuição económica e relacional, de fraca divulgação, estreitando-se para um público que a aceda, não incontornavelmente iria desembocar num indo de encontro a este corte litigioso.


a propósito desta notícia.

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