AO90: Passados 27 anos e os pontos ainda não estão nos "I"s.

Vamos lá pôr os pontos nos "I"s, ou as consoantes onde deveriam estar: O AO90 não é apenas uma afronta ao intelecto e à razão... é uma imposição económica, prepotente e ignorante do nosso sistema político que o alega mascarando-o dum idealismo sebastianista dum 5º império, impraticável, que se prega mesmo é aos peixes. O nosso Governo além de ser incapaz de assumir o erro que cometeu e por conseguinte de ter a maturidade e a responsabilidade de o emendar (anular), é absurdamente incongruente quanto à pedagogia que emprega e é totalmente disfuncional como Exemplo.

Seria imperativo encontrarem-se exemplos da aplicação do AO90 (já com 27 anos de desenvolvimento!) nos sítios de referência, nem que impreterivelmente pelo teor pedagógico... tal não acontece! É uma trapalhada à moda da inspiração de quem escreve, uma falta de zelo, um desleixo abismal e enervante, um inimigo crasso da aprendizagem: até na própria página do portal da Língua Portuguesa o exemplo é somente turvo, confuso, incongruente.


Vigora sim culturalmente o arquétipo livre, aceite e imitado do mau exemplo, de tudo aquilo que uma Sociedade Constitucional e Democrática que pretenda evoluir devesse estar a combater mas que contra tudo e todos perpetua. Um hino à incompetência e à arrogância, à ditadura e ao autoritarismo sub-reptícios que lá se vão alimentando da inércia e da apatia de todos nós que arrotamos postas de pescada mas que nada fazemos no presente para combater aquilo que mais criticamos nessa linha tão viva do passado.

Coisa insignificante a Nossa Língua, coisa da liberdade o Governo mexer nela não dando Cavaco a ninguém... são coisas dos tempos modernos dizem os progressistas de pacotilha, são os tempos do conforto e do comodismo, do argumento retórico egoísta.

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