BOLSA DE FORMAÇÃO DA INICIATIVA DO TRABALHADOR - NÃO DÍVIDA À SEGURANÇA SOCIAL - Parte 4

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Foi no dia solarengo de 6 de Junho do ano 2007 do senhor (mentira, então e o atraso dos correios?) já um dos cursos tinha ido para o maneta, que para meu júbilo recebo uma carta singela, resposta às minhas preces, tão singela quanto abstracta. Contém a folha que se segue e dois impressos. E nada mais.

Para quê..!!?? - pergunta-se quando se foi abençoado pelo toque da resposta. Para quê algo mais tendo-se já o privilégio de tão majestosa entidade nos ter contactado?

Estarrecido, fico confuso tanta é a minha emoção sobre a forma como as instituições encaram o cidadão. Senti-me um verdadeiramente português. Um verdadeiro português embevecido.
Eis todas as respostas às minhas cartas em 3 magníficas impressões



Depois de uma semana de meditação enclausurada, lá nos meandros da minha essência néscia de borracho (pássaro novo) parvo, vá, não é que fico e posso dizê-lo, desiludido e triste?

A 12 de Junho escrevo à Sra. Mª Fátima Palhares pedindo-lhe que me reencaminhe o seguinte e-mail para a Sra. Maria Amália Garcia (Assistente da Administração Principal que assinou o documento que requeria específicos dados). Anexo-lhe os panfletos preenchidos, assim como os dados pedidos no documento. Reenvio-o para o ISS (Instituto da Segurança Social) geral.



Dois dias depois, outro dia solarengo, recebo a última carta até à data, provinda da já reconhecida Sra. Mª Fátima Palhares, mais conhecida pela sua enorme capacidade de síntese e teor monocórdico. Quase que parece um e-mail padrão. Sinto cá no goto.

Costumo relê-la antes de me deitar pelo seu subtil teor atencioso. Dá-me esperança como um disco riscado. Uma sentença de morte adiada, valsa lenta que consome. Devo delirar febril. Deveria dar graças por se terem dignado responder-me.

Já me diziam que por mail não funcionava, que a coisa não era assim, que a malta não sabia escrever duas letras seguidas num computador sem antes fumar um cigarro, que se tinha que perceber que eram coisas novas estas dos computadores e da internet, que tinha que lá ir, que com cartas é que é.

Com todo o zumzum e contrariado da silva, envio por correio azul precisamente o que enviei por e-mail. Pelo menos dá-me uma sensação de alívio nem que fosse durante um dia. Fui até capaz de não pensar no assunto mais do que 2 horas seguidas.

Curiosamente não só esta troca de correspondência é "a" troca de correspondência existente entre mim e a Segurança Social, como o único diálogo que alguma vez decorreu a ela se resume. Não houve qualquer contacto a posteriori excepto a magnífica carta das três folhas.

Tentei, posso dizer que até tentei por telefone, num desses dias em que um homem se sente com forças, que até acorda com raivinhas a morder a almofada. Fui capaz de efectuar 5 telefonemas num dia para a Seg Social. É claro que fui direccionado em todos eles, saltitando de número em número a informação do contacto anterior. Ah pois que devo ter gritado umas três vezes e exigido isto e aquilo, e gramei com muita música de categoria. E evidentemente que depois da revolta final, do espasmo último à conquista da informação, o alcance ao último do último dos contactos finais - o iluminado da resposta ao problema - ah pois claro que estava môco do lado de lá - pois claro que ninguém atendeu e ainda nem sequer estávamos nas 16:00h.



Posto isto,... dizer que assim acontece... não me satisfaz.

(continua ...)

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